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Vol. 13. Issue 6.
Pages 883-887 (November - December 2007)
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Vol. 13. Issue 6.
Pages 883-887 (November - December 2007)
As Nossas Leituras / Our Readings
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As decisões no fim da vida nas unidades de cuidados intermédios: Um estudo europeu
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S. Nava1, C. Sturani1, S. Harti1, G. Magni1, M. Ciontu1, A. Corrado1, A. Simonds1
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Resumo

Na maior parte dos países ocidentais morre anualmente cerca de 1% da população. Apesar dos avanços tecnológicos da medicina actual no tratamento dos doentes muito graves e no prolongamento da vida, é hoje reconhecido que este prolongamento pode não ser um objectivo apropriado. A 5.ª Conferência Internacional de Consenso em Cuidados Intensivos, sobre as questões ligadas ao tratamento nas unidades de cuidados intensivos, identificou vários problemas:

  • 1.

    A variabilidade da prática clínica

  • 2.

    Modelos inadequados de previsão da morte

  • 3.

    Desconhecimento das preferências dos doentes

  • 4.

    Má comunicação entre os profissionais de saúde e os doentes ou seus representantes

  • 5.

    Treino insuficiente dos prestadores de cuidados de saúde

  • 6.

    Uso de terminologia imprecisa e insensível

  • 7.

    Documentação incompleta nos registos médicos

Na sequência destes resultados, foi recomendada mais investigação que possa conduzir à melhoria dos cuidados de saúde no fim da vida.

A DPOC, o cancro do pulmão, as infecções respiratórias e as doenças torácicas restritivas lideram as causas de morte, contribuindo em conjunto para cerca de 30% das mortes. A insuficiência respiratória crónica agudizada é a fase final habitual destas doenças e, na grande maioria dos casos, é tratada por pneumologistas.

Neste artigo apresenta-se um estudo realizado ao longo de seis meses pelo grupo de interesse em cuidados intensivos respiratórios da Sociedade Respiratória Europeia, com o objectivo de avaliar as práticas clínicas no fim da vida de doentes admitidos em unidades de cuidados intermédios e em unidades de alta dependência na Europa.

Neste estudo foi administrado um questionário de 33 itens que incluiu perguntas sobre a natureza e a epidemiologia das decisões no fim da vida, questões sobre a comunicação destas decisões e questões gerais sobre a organização da unidade, o tipo de doentes habitualmente admitido e as características dos respondedores. Foram incluídos centros do Norte da Europa (Alemanha, Reino Unido, Áustria, França e Bélgica) e do Sul da Europa (Itália, Espanha, Portugal, Turquia e Roménia) e a taxa de respostas foi de 29,5%. Um total de 6008 doentes foram admitidos neste período e a decisão no fim da vida foi obtida em 21,5% (1292 doentes). A taxa de mortalidade verificada nestes foi de 68% (884 dos 1292 doentes).

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