There is a 10–36% rate of obstructive sleep apnoea syndrome (OSAS) associated with rapid eye movement (REM) in the OSAS population. Prior studies have suggested an increased prevalence of psychiatric disorders and an effect of gender and age on these patients.
Our aim was to study the clinical and polysomnograph (PSG) characteristics of our patients with REM-related sleep disordered breathing (REM SDB).
Inclusion criteria was the identification of REM SDB detected by PSG defined as apnea-hypopnea index (AHI) in REM sleep≥5h, AHI in non-REM sleep (NREM)≤15h and REM/NREM AHI≥2.
Several Sleep Disorders Questionnaire (SDQ) version 1.02 parameters were analysed.
The study comprised 19 patients with a mean age of 54.0 (SD±13.97), a mean BMI of 29.01 (SD±4.10) and a 0.58 female / male ratio. The mean Epworth Sleepiness Scale score was 12.74 (SD±4.86). Mean AHI was 9.16/h (SD 4.09); mean AHI in REM sleep 37.08/h (SD 25.87) and mean REM-AHI/NREM-AHI 8.86 (SD 8.63).
The anxiety disorder rate was 33.3%; 44.4% in females, 16.7% in males.
The average deep sleep was 20.7% (SD 10.42) and REM sleep 15.45% (SD 9.96), with a sleep efficiency of 85.3 (SD 8.70).
No significant statistical correlation was found between the REM/NREM AHI index and anxiety symptoms, daytime sleepiness and sleep quality (REM and deep sleep percentages).
These patients differ from the general OSAS population: on average, they are not obese, there are a greater number of females affected and they do not present a very significant diurnal hypersomnia. Reduced deep sleep and increased REM sleep were also present versus general population data, and sleep efficiency was just below the normal limit.
Anxiety disorders were more prevalent in this group than described for the general population (3%) and OSAS patients.
A síndroma de apneia obstrutiva do sono (SAOS) associada ao sono REM tem uma incidência de 10–36% na população com SAOS. Estudos anteriores têm sugerido, nestes doentes, um aumento de prevalência de distúrbios psiquiátricos, bem como um efeito da idade e do género.
Propusemo-nos, por isso, estudar as características clínicas e polissonográficas de doentes com o referido diagnóstico.
Os critérios de inclusão foram a identificação de SAOS em REM, por polissonografia (PSG), definida como IAH em REM≥5/h, IAH em sono não REM (NREM)≤15/h, IAH REM/NREM≥2. Foram ainda analisados alguns parâmetros do sleep disorders questionnaire (SDQ) versão 1.02, nomeadamente os relacionados com ansiedade ou depressão. Foram estudados 19 doentes com média de idades de 54,0 anos (SD 13,97) e média de IMC de 29,01 (SD Dev 4,10). A razão entre género feminino/masculino foi de 0,58. O valor médio da escala de Epworth foi de 12,74 (SD 4,86). Em relação à gravidade da SAOS, a média do IAH foi de 9,16/h (SD 4,09) e a do IAH em REM de 37,08/h (SD 25,87). Para a relação IAH-REM/IAH-NREM obtivemos a média de 8,86 (SD 8,63).
A prevalência do distúrbio de ansiedade foi de 33,3% (44,4% no sexo feminino e 16,7% no sexo masculino). Na população estudada, o tempo de sono profundo foi de 20,7% (SD 10,42) e de sono REM de 15,45% (SD 9,96), com uma eficiência de sono de 85,3% (SD 8,70).
Não se verificou qualquer correlação estatisticamente significativa entre o índice de IAH REM/NREM e a sintomatologia ansiosa, a sonolência diurna e a qualidade do sono (percentagem de sono profundo e de sono REM). Concluímos que a subpopulação estudada apresenta características que divergem das descritas para a população com SAOS; em média, não são doentes obesos, as mulheres são mais afectadas, a sintomatologia não é tão exuberante, nomeadamente a hipersonia diurna. Observa-se, também, uma redução do sono profundo e um aumento do sono REM neste grupo de doentes versus a população geral, estando a eficiência do sono no limite inferior da normalidade.
Ainda o distúrbio de ansiedade apresenta maior prevalência em relação à descrita para a população geral (3%) e em relação à descrita para a população com SAOS.