Analisar o efeito do apoio de membros superiores sobre a força muscular respiratória e função pulmonar de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC).
MétodosVinte pacientes com DPOC (11 homens) com idade de 67 ± 8 anos e IMC 24 ± 3 Kg · m−2, foram submetidos a avaliações de Pressão Inspiratória e Expiratória Máximas (PImax e PEmax, respectivamente) e espirometria com e sem apoio dos membros superiores em ordem aleatória. A avaliação com apoio dos membros superiores foi realizada em posição ortostática, com o apoio dos membros superiores na altura do processo estilóide da ulna, flexão de cotovelos e tronco inclinado à frente, ambos em aproximadamente 30 graus, de modo a promover descarga de peso em membros superiores. A avaliação sem apoio de membros superiores foi realizada também em posição ortostática, porém com os membros superiores relaxados ao lado do corpo. O intervalo entre as avaliações foi de uma semana.
ResultadosA PImax, PEmax e Ventilação Voluntária Máxima (VVM) foram maiores com a utilização do apoio do que sem o apoio (PImax 64 ± 22 cmH2O versus 54 ± 24 cmH2O, p = 0,00001; PEmax 104 ± 37 cmH2O versus 92 ± 37 cmH2O, p = 0,00001 e VVM 42 ± 20 L/min versus 38 ± 20 L/min, p = 0,003). As demais variáveis não apresentaram diferenças estatisticamente significativas.
ConclusãoO apoio de membros superiores resultou em maior capacidade de gerar força e endurance dos músculos respiratórios em pacientes com DPOC.
To analyze the effect of arm bracing posture on respiratory muscle strength and pulmonary function in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD).
Methods20 patients with COPD (11 male; 67 ± 8 years; BMI 24 ± 3 Kg · m−2) were submitted to assessments of Maximal Inspiratory and Expiratory Pressures (MIP and MEP, respectively) and spirometry with and without arm bracing in a random order. The assessment with arm bracing was done on standing position and the height of the support was adjusted at the level of the ulnar styloid process with elbow flexion and trunk anterior inclination of 30 degrees promoting weight discharge in the upper limbs. Assessment without arm bracing was also performed on standing position, however with the arms relaxed alongside the body. The time interval between assessments was one week.
ResultsMIP, MEP and maximal voluntary ventilation (MVV) were higher with arm bracing than without arm bracing (MIP 64 ± 22 cmH2O versus 54 ± 24 cmH2O, p = 0,00001; MEP 104 ± 37 cmH2O versus 92 ± 37 cmH2O, p = 0,00001 and MVV 42 ± 20 L/min versus 38 ± 20 L/min, p = 0,003). Other variables did not show statistical signifi cant difference.
ConclusionThe arm bracing posture resulted in higher capacity to generate force and endurance of the respiratory muscles in patients with COPD.