O ressurgimento da tuberculose, a sua associação à infecção VIH, a emergência de micobactérias não tuberculosas e formas multiresistentes, representam actualmente uma grave ameaça à Saúde Pública.
Apesar da associação tuberculose e infecção VIH ser bem conhecida a resposta clinica da tuberculose à terapêutica específica não se encontra bern descrita. A manutenção de febre após o início de antibacilares pode levantar a suspeita de uma micobacterio se multiresistente e condicionar alteraçãoes terapêuticas. O objectivo deste estudo fol avaliar a evolução clínica, com base no desaparecimento da febre, numa série de doentes intenados, com o diagnóstico de micobacteriose, no Serviço de Medicina II do Hospital Egas Moniz, no período entre 1994 e 1997. Foram identificados 42 casos de micobacteriose, sendo 22 doentes seropositivos e 20 doentes seronegativos.
Nos doentes seropositivos foi estatisticamente significativa uma menor idade média, assim como a presença de emagrecimento, anemia, hepatomegalia e fonnas extrapulmonares na altura do interoamento. Em resposta ao nosso objectivo observámos que a duração da febre após início da terapêutica antibacilar foi sigoificativamente superior nos doentes VIH, não nos parecendo assim aconselhável a alteração terapêutica, com base na presença de febre, até ter passado um período de cerca de 20 dias.
REV PORT PNEUMOL 2000; VI (2): 115-122
The re-emergence of multiresistant tuberculosis and non-tuberculous mycobacterial disease in association with Human Immunodefficiency Virus (HIV) infection represents a grave threat to Public Health. The clinical response to anti-tuberculous therapy in IIIV positive patients has not been well documented. The persistence of fever after starting therapy may lead to the suspicion of multiresistant tuberculosis and influence a change in therapy.
The main objective of this study was to evaluate the disappearance of fever in 42 patients admitted to Hospital with mycobacterial disease of which 22 were HIV positive. In comparison with the HIV negative patients, there was a significantly smaller age average and a higher number of patients with weight loss, anemia, hepatomegaly and extra-pulmonary forms. The duration of fever after the start of therapy was significantly higher in HIV positive patients with non-resistant Mycobacterium tuberculosis and averaged 20 days. It therefore seems unnecessary to change therapy during this period and other factors such as previous tuberculosis, non-compliance, intravenous drug use and potencial nosocomial exposure become important in influencing an early empirical decision to treat non-tuberculous mycobacteria or multiresistant tuberculosis.
REV PORT PNEUMOL 2000; VI (2): 115-122
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