Pneumonia em organização criptogénica (POC) é a designação dada, segundo a nova classificação das pneumonias intersticiais idiopáticas, ao padrão histológico de pneumonia em organização em que nenhuma causa ou associação é reconhecida (idiopática), vindo substituir o termo bronquiolite obliterante com pneumonia em organização (BOOP).
É uma entidade rara caracterizada pelo preenchimento das pequenas vias aéreas por pólipos de tecido fibroblástico (corpos de Masson). Clinicamente, é muitas vezes difícil o diagnóstico diferencial com pneumonia adquirida na comunidade, sendo frequente um quadro de tosse seca persistente, dispneia de esforço e emagrecimento, precedido em cerca de metade dos doentes de síndroma tipo gripal. O diagnóstico definitivo depende da confirmação histológica, frequentemente por biópsia pulmonar transtorácica (BPTT). É rara a recuperação espontânea, mas a corticoterapia permite cura em dois terços dos casos.
Os autores apresentam o caso clínico de uma doente em que a BPTT permitiu a confirmação diagnóstica, tratada com corticoterapia, sem recaída nos 2 anos seguintes.
REV PORT PNEUMOL 2004; X (4): 347-353
Cryptogenic organizing pneumonia (COP) is one of the recognized histological patterns of idiopathic interstitial pneumonias, in which no cause or association is identified. Idiopathic bronchiolitis obliterans-organizing pneumonia (BOOP) is a synonymous.
This rare entity is characterized by involvement of alveoli and bronchioles, which are filled with intraluminal polyps of fibroblastic tissue (Masson bodies). The clinical presentation often mimics that of community-acquired pneumonia. Persistent non-productive cough, exertional dyspnoea and weight loss are common features, and in one-half of the cases the onset is heralded by a flu-like syndrome. Definitive diagnosis depends on histological data, and video-assisted thoracoscopic (VAT) has become the established technique. Spontaneous recovery is rare; corticosteroid therapy provides cure in two thirds of cases.
The authors present a case of a patient whose lung biopsy by VAT confirmed the diagnosis. She was treated with corticoids without recurrence in a two year follow-up.
REV PORT PNEUMOL 2004; X (4): 347-353
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