De acordo com a literatura, os doentes com cancro do pulmão apresentam maior sofrimento psicológico do que outros grupos de doentes oncológicos, com valores tão altos como 61,6%. O mau prognóstico, a culpabilidade e o estigma decorrentes da associação com o consumo de tabaco estão relacionados com esta maior prevalência. Valores para a prevalência de depressão entre 16 e 22% são mencionados em vários estudos.
O sofrimento psicológico afecta também os familiares envolvidos na prestação de cuidados ao doente, pelo que o seu envolvimento no processo de tratamento não deve ser descurado.
Os autores concluem que, sendo o sofrimento psicológico experimentado pelos doentes com cancro do pulmão altamente prevalente e com consequências a nível da qualidade de vida, e, possivelmente, do prognóstico da doença, o apoio psicossocial, envolvendo vários níveis de intervenção, é fundamental.
According to the literature, lung cancer patients experience greater emotional distress than other cancer patients, with scores as high as 61,6%. Poor prognosis, guilt and stigma associated with a history of smoking, may be related with this morbidity. Several studies mention the prevalence of depression to be between 16 and 22%.
As distress affects the family as well, mostly those members involved in the patient care, they should not be forgotten and must be involved in the treatment plan.
The authors conclude that lung cancer patients’ distress is highly prevalent and interferes with quality of live and, possibly, prognosis. Therefore, psychosocial care should be integrated early in cancer treatment.