A dor pode ser definida de várias formas, sendo habitualmente descrita como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesão tecidular real ou potencial, ou descrita em função de tal lesão. No doente oncológico, a dor pode estar relacionada com a neoplasia, com o seu tratamento, ou não ter relação com a doença neoplásica. A dor tem grande impacto no doente oncológico, significando agravamento do prognóstico ou morte próxima, daí a importância de uma abordagem e tratamento correctos. As opções para o tratamento farmacológico são várias, estando disponíveis analgésicos não opióides, opióides e co-analgésicos. Os autores pretendem com este artigo rever o tratamento farmacológico da dor e alertar para a importância do reconhecimento da dor como doença e da possibilidade de tratar e aliviar os doentes.
Pain can be defined by several ways, but is usually describes as an unpleasant sensorial or emotional experience related to real or potential tissue damage, or described in terms of such damage. The cancer patient may experience pain related to the cancer itself, its treatment or not related at all with the oncologic disease. It has an extreme importance to the patient, as it is interpreted as a worsening of the prognosis or near death. Therefore it is extremely important a correct approach and treatment of cancer pain. Pain can be treated by pharmacologic, non-pharmacologic means and by more invasive procedures. The options for pharmacologic treatment are various, since nonopioid, opioid analgesics and co-analgesics. The authors present a review of the pharmacological treatment of cancer pain and alert to the importance of the recognition of pain as an illness and the possibility to be relieved.