In recent years non-invasive ventilation (NIV) as become a valuable therapeutic option in exacerbations of patients with chronic pulmonary obstructive disease. Although widely used there is a paucity of information on weaning from NIV.
ObjectivesWe aimed to describe the performance of a weaning protocol based on progressive periods of NIV withdraw.
MethodsDuring a one year period we performed NIV in 78 patients with acute exacerbation of chronic respiratory failure. Weaning was considered in patients with 24 hours without acidosis and respiratory rate less than 25 cycles per minute. Weaning was performed as following: during the first 24 hours in each 3 hours, one hour without NIV (except during night period), in the second day in each 3 hours, two hours without NIV (except during night period) and in the third day NIV was used during the night period.
ResultsSixty five patients began the weaning protocol. Mean NIV time was 120,9 hours (17 to 192 hours). No adverse effects were recorded in patients who began the weaning protocol. All patients completed the weaning protocol with no re-institution of NIV or invasive ventilation during hospitalization.
ConclusionsWe report an excellent weaning success rate of NIV in patients with acute severe exacerbation of CRF. Although our weaning protocol required 72 hours, our results suggest that strategies based on periods with and with-out NIV are effective. Weather similar less time consuming weaning strategies are effective, merits investigation.
Nos últimos anos, a ventilação não invasiva (VNI) tornou-se numa opção terapêutica válida nas exacerbações agudas de doentes com doença pulmonar crónica obstrutiva. No entanto, apesar de muito utilizada, existe muito pouca informação sobre o desmame deste modo ventilatório.
ObjectivosDescrever um protocolo de desmame baseado em períodos progressivos de descontinuação de VNI.
MétodosDurante um ano foram admitidos 78 doentes na nossa unidade para início de VNI devido a exacerbações agudas de doentes com doença pulmonar crónica obstrutiva. O desmame de VNI era considerado em doentes que se apresentavam sem acidose e com frequência respiratória inferior a 25 ciclos por minuto. O desmane era realizado da seguinte forma: Durante as primeiras 24 horas, em cada 3 horas de período diurno o doente estava sem VNI durante uma hora (excepto à noite); no segundo dia, em cada 3 horas o doente estava sem VNI durante 2 horas (excepto à noite), e no terceiro dia a VNI era utilizada apenas em período nocturno.
ResultadosSessenta doentes iniciaram o protocolo de desmame. O tempo médio de VNI foi de 120.9 horas (17 a 192 horas). Não houve registo de complicações nos doentes que iniciaram este protocolo. Todos completaram o protocolo sem necessidade de reinstituir VNI ou ventilação invasiva durante o internamento.
ConclusõesDescrevemos uma taxa excelente de sucesso de desmame de VNI em doentes com exacerbações agudas de doentes com insuficiência respiratória crónica. Apesar de este protocolo implicar uma duração de 72 horas, os resultados sugerem que estratégias baseadas em períodos com e sem VNI são eficazes. No entanto, estratégias menos demoradas merecem investigação.