Journal Information
Vol. 11. Issue 4.
Pages 416-418 (July - August 2005)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 11. Issue 4.
Pages 416-418 (July - August 2005)
AS NOSSAS LEITURAS
Open Access
A prova de exercício cárdio-pulmonar e o prognóstico cirúrgico do cancro do pulmão
Visits
5129
T. Win, A. Jackson, J. Sharples, A.M. Groves, F.C. Wells, A.J. Ritchie, C.M. Laroche
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Resumo

Os autores procuram dar mais um contributo para a avaliação pré-operatória dos doentes com carcinoma de não pequenas células que vão ser sujeitos a cirurgia de ressecção pulmonar.

Trata-se de um estudo prospectivo onde foi avaliado o resultado da cirurgia em termos de complicações ocorridas nos 30 dias a seguir à operação. Os autores definiram cada uma das complicações (óbito, enfarte do miocárdio, insuficiências respiratória, cardíaca e renal, embolia pulmonar, pneumonia e septicemia) e ainda analisaram 3 dessas complicações em separado (óbito, enfarte do miocárdio e insuficiência respiratória), as quais designaram por “fraco resultado”.

Antes da cirurgia, foram avaliados 99 doentes (34 pneumectomias, 56 lobectomias, 6 bilobectomias e 3 ressecções atípicas) com espirometria (FEV1 em litros) e consumo de oxigénio no exercício máximo (VO2peak). Só 26 doentes tinham valores funcionais considerados borderline (FEV1 < 1,5 litros para lobectomia e < 2,0 litros para pneumectomia). Nos resultados apresentados observámos os seguintes valores médios: FEV1=2,06 litros; FEV1=80,4% do valor teórico; VO2peak=18,8ml/kg/min ou 88,3% do valor teórico. Só existiram 4 óbitos (4%) e 21 doentes tiveram uma ou mais das complicações referenciadas.

Os autores não encontraram relação significativa entre as complicações pós-operatórias e o FEV1 em litros. Verificaram ainda que o VO2peak em percentagem do valor teórico previa melhor um “fraco resultado” do que o mesmo parâmetro em valor absoluto.

Em relação aos óbitos, um dos doentes tinha sido submetido a quimioterapia, o que dificultou a avaliação do desfecho. Nos restantes 3 óbitos, todos os doentes tinham um VO2peak < 62% do valor teórico. Dois dos 3 doentes com VO2peak < 50% tiveram um “fraco resultado”. Com VO2peak > 75% só 3 em 20 doentes é que tiveram um “fraco resultado”.

Apesar de reconhecerem a necessidade de mais e maiores estudos, os autores concluem que VO2peak é importante para prever complicações como óbito, enfarte do miocárdio ou insuficiência respiratória, principalmente se é referido em percentagem do valor teórico. O limite “seguro” situar-se-ia entre 50 e 60% do valor previsto.

Full text is only aviable in PDF
Bibliografia
[1.]
J. Ribas, O. Diaz, J.A. Barbera, M. Mateu, E. Canalis, L. Jover, J. Roca, R. Rodriguez-Roisin.
Invasive exercise testing in the evaluation of patients at high-risk for lung resection.
Eur Respir J, 12 (1998), pp. 1429-1435
[2.]
G.L. Walsh, R.C. Morice, J.B. Putnam Jr., J.C. Nesbitt, M.J. McMurtrey, M.B. Ryan, J.M. Reising, K.M. Willis, J.D. Morton, J.A. Roth.
Resection of lung cancer is justified in high-risk patients selected by exercise consumption.
Ann Thorac Surg, 58 (1994), pp. 704-710
[3.]
Debapriya Datta, Bimalin Lahiri.
Preoperative evaluation of patients undergoing lung resection surgery.
Chest, 123 (2003), pp. 2096-2103
[4.]
I.M. Weisman.
Cardiopulmonary exercise testing in the preoperative assessment for lung resection surgery.
Semin Thorac Cardiovasc Surg, 13 (2001), pp. 116-125
Copyright © 2005. Sociedade Portuguesa de Pneumologia/SPP
Download PDF
Pulmonology
Article options
Tools

Are you a health professional able to prescribe or dispense drugs?