Doentes com passado de tuberculose que apresentam sequelas do parênquima pulmonar e deformidade da parede torácica têm um risco acrescido para insuficiência respiratória com hipoxemia e hipercápnia. Justifica-se nestes casos a terapêutica combinada com oxigénio e ventilação mecânica não invasiva.
Este estudo teve como objectivo avaliar a opção terapêutica com melhor taxa de sobrevida em doentes com deformidade da parede torácica pós-tuberculose e insuficiência respiratória.
Foram incluídos 188 doentes entre 1996 e 2004, seguidos prospectivamente até Outubro 2006, sendo a mortalidade a principal variável. Destes, 103 iniciaram apenas oxigenoterapia de longa duração e a 85 foi prescrito ventilação, dos quais 15 casos receberam também terapêutica com O2. A vasta maioria fez ventilação não invasiva e apenas 2 casos receberam ventilação pela traqueostomia.
A análise dos resultados mostrou uma melhoria estatisticamente significativa (p<0,001) da sobrevida nos doentes submetidos a ventilação comparativamente com os que efectuaram apenas oxigénio.
Os autores concluíram que nos casos de insuficiência respiratória combinada com deformidade da parede torácica por sequelas de tuberculose a sobrevida é significativamente superior nos casos tratados com ventilação domiciliária comparativamente com a oxigenoterapia isolada e recomendam a ventilação não invasiva com ou sem oxigénio como terapêutica de primeira escolha nestes doentes.
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