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Vol. 16. Issue 3.
Pages 471-476 (May - June 2010)
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A asma promove alterações na postura estática? – Revisão sistemática
Does asthma promote changes in static posture? – Systematic review
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Juliana Albuquerque Baltar1, Maria do Socorro Brasileiro Santos2, Hilton Justino da Silva3, Nicodemos Teles de Pontes Filho4
1 Fisioterapeuta, Mestranda em Patologia pela Universidade Federal de Pernambuco, Especialista em Fisioterapia Dermato-Funcional
2 Fisioterapeuta, Professora Adjunto do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco, Doutora em Ciências
3 Fonoaudiólogo, Professor Adjunto do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Pernambuco, Doutor em Nutrição
4 Estudo realizado no Programa de Pós-graduação em Patologia, na Universidade Federal de Pernambuco
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Resumo
Introdução

Considerada um problema de saúde pública, a asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que induz uma obstrução ao fluxo aéreo, apresentando manifestações clínicas e respostas terapêuticas heterogéneas. Essa obstrução presente nos doentes asmáticos leva a encurtamentos musculares que por compensação podem promover alterações posturais, prejudicando ainda mais a mecânica respiratória. Portanto, faz-se necessário sintetizar as evidências disponíveis na literatura sobre alterações da postura estática em asmáticos, a fim de ajudar a guiar a prática clínica.

Material e métodos

Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO, referente aos anos de 1980 a 2008, utilizando as palavras-chave: asthma, posture e suas correspondentes em português; além da busca manual nas referências dos artigos seleccionados.

Resultados

Quatro estudos foram identificados, dos quais 2 (dois) encontraram diferenças significativas na postura estática entre asmáticos e não asmáticos, enquanto os demais, que avaliaram somente a coluna vertebral, não encontraram alterações posturais significativas.

Discussão

Algumas alterações posturais foram identificadas em asmáticos: maior incidência de protração e elevação da cintura escapular, semiflexão do braço, protracção da cabeça e rectificação torácica. Porém, as evidências são contraditórias em relação à coluna vertebral, o que pode estar atribuído às diferenças metodológicas, amostrais, além de outras variáveis não verificadas em todos os estudos, como a realização de actividade física, tratamento fisioterápico, frequência das crises e internações, rinite, respiração oral.

Conclusão

Os artigos sobre o assunto ainda são insuficientes para chegar a uma conclusão, sendo necessários estudos cuidadosamente desenhados para esclarecer estas questões.

Key-words:
Asthma
posture
respiratory mechanics
Palavras-chave:
Asma
postura
mecânica respiratória
Abstract
Introduction

Considered a public health problem, asthma is a chronic inflammatory disease of the airways that induces an airflow obstruction, presenting clinical manifestations and heterogeneous therapeutic responses. That obstruction present in asthma patients leads to muscle shortening, which in compensation can promote postural changes, further impairing respiratory mechanics. Therefore, is necessary to synthesize the evidence available in the literature about changes in static posture in asthma patients in order to help guide clinical practice.

Materials and methods

We performed a literature review in the databases MEDLINE, LILACS and Sci- ELO, covering the years 1980 to 2008, using the descriptors: “asthma” and “posture” and its correspondents in Portuguese; “asthma” and “spinal” and its correspondents in Portuguese, besides the manual search in the references of selected articles.

Results

Four studies were identified of which two (2) found significant differences in static posture between asthmatic and non-asthmatics, while others, who evaluated only the spine, found no significant postural changes.

Discussion

Some postural changes were identified in asthmatics: higher incidence of elevation and protraction of the scapular girdle, semi flexion of the arm, protraction of the head and rectification of the thoracic spine. However, the evidence is contradictory on the spine, which can be attri buted to methodological and sample differences, and other variables not found in all study how the performance of physical activity, physiotherapy treatment, frequency of seizures and hospitalizations, rhinitis, mouth breathing.

Conclusion

The articles about this are still insufficient to reach a conclusion; carefully designed studies are needed to clarify these issues.

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