Tenho para mim que uma das decisões mais acertadas da actual Direcção da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), no seu percurso inicial, foi ter nomeado o Prof. João Carlos Winck como Editor-Chefe da Revista Portuguesa de Pneumologia (RPP). Foi, aliás, a primeira vez que o Presidente da SPP não assumiu, simultaneamente, a Direcção da nossa revista.
Não escondendo a minha preferência pelos Rolling Stones, diria mesmo, como na letra da canção, que «You can’t always get what you want but if you try sometimes, you just might find you get what you need!»
E todos concordarão que a RPP sofreu uma autêntica revolução, desde então.
Reformulou-se a sua estrutura Editorial, não apenas com a nomeação do Editor-Chefe e do Editor-Associado, mas também através de um novo Conselho Editorial, de novos Editores Temáticos e de Consultores linguístico, metodológico e estatístico.
Introduziu-se igualmente a RPP na Editora Elsevier, permitindo uma visibilidade acrescida e desejada e iniciou-se um novo método de submissão e de revisão de manuscritos online, aumentando a eficiência de todo o processo editorial, desde a submissão à publicação.
Finalmente, alterou-se a sua imagem e também a sua estratégia editorial, culminando a dita revolução com a obtenção do seu primeiro factor de impacto (IF), convertendo então a RPP numa das 3 revistas médicas nacionais com esse indicador de prestígio e notoriedade internacional, o que encheu de orgulho a Equipa Editorial da Revista, a Direcção da SPP e toda a comunidade respiratória nacional.
Esta evolução considerável e justificadamente promissora, agora reforçada com a perspectiva de significativa progressão do IF para 2012 confere igualmente uma enorme responsabilidade colectiva, não apenas no sentido de exponenciar o impacto, como também na expectativa de potenciar a visibilidade agora alcançada.
E os problemas transformam-se, por vezes, em novas oportunidades.
Com efeito, o excelente trabalho de colaboração desde o princípio assumido pelo Dr. António Morais, justifica plenamente a sua promoção a Editor-Chefe da RPP. Nesta tarefa, para a qual se lhe desejam as maiores felicidades, sendo-lhe prometida igualmente, como aliás sempre aconteceu anteriormente, a disponibilidade e a solidariedade institucional que se entenderem necessárias, verá reforçada a coesão interna com a existência de 3 Editores-Associados, os Profs. Venceslau Hespanhol e Melo Cristino e a Dra. Fátima Rodrigues. A equipa será ainda fortalecida com uma nova Consultora, de Medical Editing e Bibliometria, a Dra. Helena Donato, bem como com ajustes e adaptações no Conselho Editorial e no âmbito dos Editores Temáticos.
Estão assim criadas as condições humanas para desenvolver a logística indispensável no sentido de aumentar a visibilidade da revista e com isso a citação externa e o IF. Não faltará seguramente estratégia e visão a Equipa tão credenciada, de quem se adivinha trabalho profícuo e eficaz.
Como não faltou empenho, dedicação e fulgurância ao Editor de quem agora, uma vez mais e penhoradamente nos despedimos, dizendo muito obrigado, muitas felicidades e até já!