A hipoxemia pode complicar a broncoscopia, limitando a utilidade e realização da técnica.
As causas mais frequentes de hipoxemia durante a broncoscopia são a doença pulmonar subjacente, a obstrução das vias aéreas, o pneumotórax, a hemorragia secundária e a biópsia pulmonar transbrônquica ou outro procedimento broncoscópico, a sedação exagerada e o broncoespasmo.
Os autores decidiram testar o postulado de que a broncoscopia com lavado broncoalveolar precisa de oxigénio suplementar em voluntários saudáveis submetidos ao exame.
Todos os voluntários demonstraram não ter sintomas respiratórios e que o exame objectivo e a avaliação da função pulmonar eram normais. A broncofibroscopia foi realizada sem sedação e não foram efectuadas biópsias. Antes da broncoscopia, foi colocada uma sonda nasal na narina oposta à do bron cofibroscópio. Seis voluntários foram submetidos a oxigenioterapia a 2L/min e seis voluntários não foram sujeitos a oxigenioterapia. Depois de iniciar a técnica, assim que a saturação fosse igual ou inferior a 90% aumentava-se o suplemento de O 2. Os autores verificaram que todos os voluntários não submetidos a oxigenioterapia necessitaram de suplemento de oxigénio na mesma fase do procedimento técnico, em contraste com os voluntários que iniciaram a broncoscopia com O 2, que não revelaram nunca hipoxemia. A dessaturação de O2 nos voluntários que efectuaram a broncoscopia sem O2 a hipoxemia começou sempre quando se iniciou o lavado broncoalveolar.
Os autores, perante a análise deste grupo, concluíram que a administração de O2 suplementar nos doentes submetidos a broncoscopia deve ser uma regra, pois pode minimizar as complicações relacionadas, particularmente com a hipoxemia.
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